sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DISFUNÇÃO SEXUAL

A sexualidade é capaz de influenciar a saúde física e
mental e pode ser afetada por fatores orgânicos,
emocionais e sociais. O transtorno de qualquer uma
das fases da resposta sexual (desejo, excitação,
orgasmo e resolução) pode acarretar o surgimento de
disfunções sexuais. Na mulher a disfunção sexual
também pode se manifestar por vaginismo e dispareunia,
resultando em angústias pessoais e dificultando
tanto as relações interpessoais quanto a qualidade
de vida.

Uma extensa revisão sistemática em 2004, sobre
disfunções sexuais femininas, constatou uma
prevalência de 64% de mulheres com disfunção do
desejo, 35% com disfunção de orgasmo, 31% de
excitação e 26% de dispareunia.
Falta de conhecimento sobre a própria sexualidade,
desinformação sobre a fisiologia da resposta
sexual, problemas de ordem pessoal e sobretudo
conflitos conjugais são capazes de desencadear
sérios problemas emocionais nas mulheres e consequentemente
alterar a sua resposta sexual.

Alterações vasculares, que ocasionam diminuição
no fluxo sanguíneo da vagina e do clitóris,
provocam enrijecimento e esclerose de suas artérias
cavernosas interferindo na resposta de relaxamento e
dilatação que ocorre frente a um estímulo sexual.
Essas alterações do fluxo sangüíneo produzem
sintomas de secura vaginal e dispareunia. Qualquer
alteração no tônus dos músculos que formam o
assoalho pélvico, em especial o músculo elevador do
ânus e os músculos perineais pode determinar o
surgimento de vaginismo ou anorgasmia coital.

Condições que determinam hipoestrogenismo,
tais como, disfunção no eixo hipotálamo-hipófise,
castrações cirúrgicas ou medicamentosas são igualmente
capazes de gerar disfunções sexuais. As queixas
sexuais mais comuns associadas à deficiência de
estrogênio ou testosterona são o ressecamento
vaginal, diminuição do desejo e disfunção da excitação.

Diferentes medicações podem interferir de forma
negativa na resposta sexual. Mulheres usuárias de
agentes anti-hipertensivos, inibidores seletivos da
recaptação de serotonina e drogas quimioterápicas,
freqüentemente relatam diminuição do desejo
sexual, da excitação e dificuldade em atingir o
orgasmo.

Condições uroginecológicas como: incontinência
urinária, cistites, infecções urinárias, vulvovaginites,
e cirurgias ginecológicas também podem comprometer
física e psicologicamente os símbolos de feminilidade
podendo resultar em disfunção sexual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário