quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

POR DENTRO DO CORPO: Descubra seu períneo

Teste 1 - Percebendo a Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP) Levantando / Fechando o Ânus

O maior músculo da MAP é conhecido na literatura médica como "músculo elevador do ânus". Isto porque, durante a contração, pode-se vê-lo e sentí-lo claramente puxando aquele canal para cima.

Para este teste, a mulher deve concentrar-se em contrair os músculos ao redor do ânus, puxando-o para cima, fechando-o, como que tentando reter um gás.

Logo que conseguir sentir essa musculatura contraindo, a mulher deve contrair o mais forte possível e sustentar essa contração por 10 segundos, para testar a resistência dos músculos ao cansaço.

O insucesso na contração pode indicar falta de coordenação motora ou falta de força da MAP. Em outras palavras, ou a mulher não está sabendo como contrair a musculatura, ou a fraqueza já é bastante avançada. Em ambos os casos é indicados o fortalecimento e recuperação da MAP, devendo-se procurar auxílio profissional imediato.

Caso a mulher consiga contrair a musculatura de forma eficaz, mas falhe ao sustentar a contração pelos 10 segundos, os músculos provavelmente estão começando a enfraquecer. Deve ser dada atenção a este fato, pois o enfraquecimento é progressivo em qualquer idade, e muito mais rápido após a menopausa, e pode trazer consequências danosas.

Teste 2 - Percebendo a MAP Controlando o Fluxo Urinário

Outra ação da MAP é auxiliar no controle do fluxo urinário. Quando contraída, essa musculatura (desde que sadia) têm a propriedade de apertar a uretra, estancando totalmente o fluxo de urina.

Portanto, esta identificação pode ser realizada facilmente ao urinar. Após começar a urinar, a mulher deve trancar abruptamente o fluxo de urina. Se conseguir, a MAP está sendo contraída eficazmente, e portanto o grupo muscular foi identificado com sucesso.

Caso a MAP esteja enfraquecida, a mulher pode conseguir apenas diminuir sutilmente a velocidade do jato de urina, porém sem estancar totalmente o fluxo.

Caso haja falta de coordenação motora, mesmo que a força de contração esteja normal, a mulher pode também não conseguir estancar o fluxo urinário. É comum por exemplo que ao invés de contrair a MAP, a mulher contraia os abdominais: neste caso o aumento na velocidade do fluxo de urina (jato mais forte) é sinal de que a musculatura contraída foi a abdominal, e não a do assoalho pélvico.

Este teste é útil para a mulher inclusive após o início dos exercícios, para que ela mesma possa verificar seus avanços durante o treinamento: quanto mais fácil segurar o jato, mais forte está ficando a MAP.

Esta manobra é um teste: pode ser realizada no máximo uma vez por mês. Nunca realize-a como forma de treino (diariamente ou toda semana), sob o risco de refluxo de urina para os rins e outras complicações.

Teste 3- Percebendo a MAP Fechando a Vagina

A MAP é responsável pela pressão intravaginal sentida tanto pela mulher quanto pelo parceiro durante o ato sexual.

Portanto, para este teste, a mulher deve concentrar-se simplesmente em perceber a MAP ao redor da vagina: ela está localizada a apenas alguns centímetros da entrada do canal vaginal, ou seja, logo na entrada, a cerca de 3 cm.

Um auxílio bastante útil é a inserção de um ou dois dedos no canal vaginal, para que se possa sentir a musculatura contraindo ao redor deles.

Caso a MAP esteja enfraquecida, esta sensação ao redor dos dedos pode ser difícil de perceber - ou até impossível. Mas nem sempre a não sensação da contração é causada por fraqueza: em alguns casos a falta de coordenação motora pode ser a responsável.

Importante: Toda a MAP se contrái ao mesmo tempo, portanto a contração para os três testes abaixo é exatamente a mesma! O segredo é concentrar-se em perceber a MAP atuando individualmente sobre cada um dos três canais. Pelo mesmo motivo, a mulher que encontrar dificuldade em qualquer um dos três testes, deve ter dificuldade nos demais.

E mais: Existem acessórios que auxiliam na identificação da MAP, tornando o treinamento muito menos maçante do que a simples contração mostrada nesta página, especialmente para aquelas mulheres que têm grande dificuldade para perceber esta musculatura.

Estes dispositivos são os cones vaginais que, além da identificação precisa da musculatura, viabilizam um fortalecimento até graus bastante elevados. Outro dispositivo é o ben wa, as famosasbolinhas tailandesas, que ajudam na identificação da MAP e permitem a aprendizagem e treinamento da dissociação dos movimentos de contração abdominal da contração dos MAP, com extrema precisão, aumentando extraordinariamente a coordenação motora local.

Outros sistemas dedicados exclusivamente para a facilitação da percepção de contração são o Biofeedback e a eletroterapia, ambos utilizados em consultório por fisioterapeutas especializados

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